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06-06-2012

Aveiro: Museus, charretes e comboios turísticos em três horas de Assembleia Municipal



Faz falta um Museu da Cidade em Aveiro? Devem ser autorizadas charretes nas ruas da cidade? Que trajes devem usar os guias turísticos? Na última sessão da Assembleia Municipal, segunda-feira à noite, os eleitos dedicaram três horas e meia a discutir os regulamentos do museu municipal e dos transportes de fruição turística. O debate acabaria por ser um pouco caótico, entre as mil e uma sugestões e outros tantos comentários que partiram das várias bancadas.
Ouviram-se, por exemplo, propostas para a criação de três novos museus: dos ovos moles (Manuel António Coimbra, PSD), do teatro e do traje (Paulo Marques, CDS). O destino a dar ao edifício da antiga estação ferroviária, desocupada desde a construção da nova gare, mereceu igualmente várias sugestões. João Barbosa, presidente da Junta de Freguesia da Vera Cruz, quer que no edifício funcione um posto de turismo. “As pessoas chegam a Aveiro de comboio e vão pedir informações às pastelarias”, chamou a atenção. Manuel António Coimbra, líder da bancada social-democrata, defende a instalação do Museu dos Ovos Moles naquele “edifício nobre” da cidade, com “venda e recriação artística” do doce tradicional de Aveiro. Pedro Pires da Rosa, do PS, avançou com uma ideia diferente: que o espaço seja utilizado por artistas locais, “como se faz por essa Europa fora”. “A Câmara estaria a fazer serviço público e de certeza que haveria procura”, afirmou.
O imóvel está, porém, destinado à colecção de arte contemporânea cedida temporariamente pelo Estado à Câmara de Aveiro, lembrou a vereadora da maioria PSD/CDS Maria da Luz Nolasco. Que informou que a autarquia pediu a prorrogação do prazo de cedência do espólio por mais “25 ou 30 anos”.
O funcionamento do Museu da Cidade motivou alguns reparos, aceites por Maria da Luz Nolasco. A autarca que tutela a pasta da cultura reconheceu “um certo vazio de conteúdo” na sede do museu municipal. “Esperemos que se consiga algo mais sólido e coeso”, disse.
Pedro Pires da Rosa questionou mesmo a necessidade desse espaço. “Havendo o Museu de Santa Joana, temos de repensar se faz falta”, salientando que a sede do museu, no Rossio, não passa de uma “mera sala de exposições” e mesmo assim como algumas falhas técnicas.
Para Manuel António Coimbra, o museu está “discreto de mais”. “Muitas vezes os passantes nem notam que estão a passar por ele”, advertiu. “As pessoas, mesmo as de Aveiro, não sabem que o museu existe”, reforçou António Neto, do BE.
Já o comunista Filipe Guerra discordou do “esvaziamento de competências” da Assembleia Municipal na definição dos horários ou da política de preços dos museus locais, de acordo com a nova versão do regulamento.
Raul Martins, do PS, entrou no debate para denunciar o “estado de degradação total” da casa que pertenceu aos avós de Eça de Queirós, em Verdemilho. “É preciso dar-lhe dignidade. Esta Câmara não fez nada em seis anos”, criticou.

Oferta reforçada

A Assembleia Municipal girou também à volta do regulamento dos transportes de fruição turística. Os pedidos de licenciamento fazem adivinhar que a oferta irá aumentar, sintetizou o vereador Pedro Ferreira, defendendo a utilidade do regulamento para “disciplinar” a actividade. Comboios turísticos (nas zonas históricas) ou charretes de tracção animal (nos parques) poderão juntar-se brevemente aos barcos moliceiros, bicicletas, autocarros panorâmicos, ‘segway’ ou ‘bolinas’ já existentes.
Pedro Pires da Rosa avisa, porém, que a Câmara “está a passar ao lado do principal filão” para a economia local, o turismo. Paulo Jesus, da mesma bancada, alertou que a oferta turística está “atrofiada à volta do Rossio”, defendendo que os circuitos sejam “alargados” a outras zonas da cidade. Desembarcar na Fonte Nova os visitantes que chegam a Aveiro de autocarro poderia ser uma solução, propôs Pires da Rosa.
Nesta fase da discussão, a principal divergência incidiu na forma escolhida pela Câmara para a fixação dos preços dos transportes turísticos. O novo regulamento prevê que o preçário seja definido anualmente por acordo dos titulares das licenças, o que configura uma prática “ilegal”, assinalou Paulo Jesus. Para Raul Martins, também socialista, trata-se da “cartelização” da actividade. Pedro Ferreira e o social-democrata Olinto Ravara negaram qualquer ilegalidade. “Não há cartelização nenhuma, devem estar a brincar”, avaliou o economista.


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